O história...

Imagine uma força do mal, que aprisionou várias pessoas em universos diferentes. Essas pessoas foram parar lá misteriosamente. Mas existem um seres chamados sacerdotisas brancas. Elas são as únicas que podem atravessar entre os vários mundos. Então os outros seres desse mundo, usam elas para mandar cartas, e descobrir onde está a unica saída dessa prisão cósmica. A "chave do multiverso".

domingo, 28 de setembro de 2014

Carta do Mundo de Cássia para o Mundo De Hanna

As trevas preenchiam tudo, ou nada, dependendo do seu ponto de vista. Era tudo escuridão, tudo mesmo. Até que alguma força, talvez divina, interferiu neste marasmo de inexistência. Então veio a luz, a grande explosão. A partir daí partículas passaram a se chocar, se aglomerar, se ligar. Com o tempo – conceito estúpido que se dá aos momentos -, formou-se a primeira dimensão. Apenas uma linha, sem largura, somente comprimento. Porém, a força criadora não se conteve em sua ânsia de ver o belo se concretizando. Assim surgiu a segunda dimensão, quando esta força simplesmente agarrou a primeira linha e a dobrou, como se fosse um fio. Mas largura e comprimento não bastavam. Era preciso mais. Este retângulo foi puxado para trás. Enfim surgiu a terceira dimensão: profundidade.
Tudo parecia bem, até que os habitantes deste Universo de três dimensões passaram a não suportar mais a angústia de não conhecerem sua origem. Investigou-se arduamente. Inúmeras teorias, incontáveis ideias, infinitos pensamentos. Entretanto, quando alguém – eu – , finalmente, conseguiu descobrir o mistério da vida, essa pessoa foi ignorada. “Quais são suas provas?”, “Em que se baseia sua teoria?”, “Faça-nos acreditar”.
O conhecimento é insuportável. Nos enlouquece. Nos alucina.
Cá estou eu, na quarta dimensão. Vim parar aqui através da mente, a porta de entrada para todos os Universos. Aqui encontrei a paz suprema, o fim dos problemas, o alucinógeno elementar. Eis que nem tudo são flores: agulhas, picadas, gritos, branco. Ah, o branco, cor sem graça, mas que ao mesmo tempo quer ser todas as cores. Não achas uma crueldade tremenda a existência de algo tão egoísta?
De qualquer forma, convido-te a se juntar a mim. Abra sua mente, cara Hanna. Não se atenha apenas às três dimensões. Venha, venha, venha... Junte-se a mim. É só perguntar a alguma sacerdotisa pela Cássia, e quando ela lhe retrucar “Cássia, a cientista?”, tu balanças a cabeça em afirmação. Venha, venha, venha...

Nenhum comentário:

Postar um comentário